FMI eleva em 1,7% a perspectiva para o PIB brasileiro de 2022

A revisão das estimativas globais do fundo foi divulgada nesta terça-feira (26), em relatório

O FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou a perspectiva para o crescimento da atividade brasileira em 2022, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelas economias globais, porém passou a ver um desempenho mais fraco em 2023.

O fundo afirma ver um crescimento 1,7% maior do PIB, na revisão das estimativas globais do fundo divulgada em um relatório publicado nesta terça-feira (26). 

Já para o próximo ano, o fundo presume uma expansão da atividade de 1,1%, 0,3 ponto percentual a menos do que a previsão de abril. 

O mercado está condizente, também elevando sua projeção para 2022, e diminuindo a de 2023. Em um cenário em que há a expectativa de que o aperto monetário impactará expressivamente a atividade e preocupações com a saúde fiscal do país.

Os especialistas consultados pelo Banco Central esperam uma alta de 1,93% do PIB em 2022 e de 0,49% em 2023, segundo o relatório Focus mais recente. 

Já o governo calcula que o PIB brasileiro deve crescer 2,0% em 2022 e 2,5% em 2023. 

Com a melhora do cenário brasileiro, houve um aumento na projeção do crescimento da América Latina e Caribe, com um aumento de 3,0% no PIB da região, em relação ao relatório anterior. Porém, a perspectiva da América Latina e Caribe piorou em 2,0% para 2023. 

“Embora as revisões sejam principalmente negativas para economias avançadas, exposições diferentes aos principais acontecimentos significam que as de mercados emergentes e economias emergentes são variadas”, afirma o fundo. 

Previsões do FMI 

O FMI revisou a previsão do PIB mundial em 2022, e a atualizou para 3,2%, uma queda de 0,4%. Os motivos do corte na perspectiva seriam a inflação mais elevada em todo o mundo, desaceleração mais forte do que o esperado na China devido a novos surtos de Covid-19 e repercussões negativas da guerra na Ucrânia.

O Fundo cortou as perspectivas de crescimento em 1,1 ponto para 2022 e em 0,5 ponto para 2023, para a China, apresentando uma valorização de 1,3%. 

“Os riscos para o cenário são predominantemente negativos. A guerra na Ucrânia pode levar a uma interrupção repentina das importações de gás da Rússia pela Europa; pode ser mais difícil reduzir a inflação do que o esperado se os mercados de trabalhos estiverem mais apertados ou se as expectativas de inflação desancorarem”, afirmou o FMI. 

Acrescentou que a possibilidade de condições financeiras mais apertadas leva a dificuldades nos mercados emergentes e em desenvolvimento, um ampliamento na crise do setor imobiliário na China e uma fragmentação geopolítica que afete a cooperação e o comércio globais.

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