3,0% este ano

FMI eleva projeção do PIB brasileiro para 2024, mas reduz para 2025

Política monetária ainda restritiva e o esperado esfriamento do mercado de trabalho explicam redução das expectativas para o PIB de 2025

FMI PIB
Foto: Unsplash

O FMI (Fundo Monetário Internacional) subiu as apostas para o PIB do Brasil em 2024 para 3,0%, ante projeção de 2,1% em julho, segundo o novo relatório Perspectiva Econômica Global.

De acordo com o Fundo, o “consumo privado e investimento mais fortes na primeira metade do ano devido a um mercado de trabalho apertado, transferências governamentais e problemas menores do que o esperado decorrentes das enchentes” são os fatores que levaram ao aumento das expectativas para a atividade econômica.

Porém, devido à “política monetária ainda restritiva e o esperado esfriamento do mercado de trabalho”, o crescimento deve ser menor em 2025, destacou o FMI. Para o ano que vem, o Fundo prevê agora uma expansão do PIB de 2,2%, ante 2,4% estimados na última atualização do seu relatório.

O relatório do FMI ainda trouxe números para a inflação. Para o Brasil, o Fundo calcula a inflação em uma média de 4,3% e 3,6% respectivamente em 2024 e 2025.

PIB brasileiro: Banco Mundial eleva projeção de crescimento para 2,8%

Um novo cálculo do Banco Mundial revisou de 1,7% para 2,8% a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2024. A instituição divulgou o número mais recente em seu relatório semestral para América Latina e Caribe.

O Banco apresentou uma estimativa menor que as projeções mais recentes do mercado, que rondam os 3%, segundo a mediana do Boletim Focus, além dos números do BC (Banco Central) e do Ministério da Fazenda (ambas em 3,2%).

Enquanto isso, a estimativa do banco para a expansão da economia brasileira no ano que vem se manteve em 2,2%, ao passo que a projeção para 2026 passou de 2% para 2,3%, segundo o “Valor”.

O economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, William Maloney, deu destaque negativo para o aumento da dívida pública brasileira, apesar da revisão para cima na projeção para o crescimento do PIB deste ano.

“Preferimos nos mover na outra direção, isso seria bom”, afirmou em entrevista coletiva virtual para detalhar o relatório.

Para o economista, o fato do Brasil estar mais próximo do grau de investimento é positivo – ele se referia ao aumento da nota de crédito do País pela Moody’s.

No entanto, Maloney também disse que o aumento dos gastos previdenciários no Brasil será observado em outros países da América Latina e do Caribe, o que é um “fator de estresse fiscal” e que exigirá atenção. 

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