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FMI: flexibilidade no ritmo de afrouxamento monetário é prudente

Em comunicado, após uma visita ao Brasil, a equipe do FMI declarou que aguarda um crescimento moderado no curto prazo.

Foto: Reprodução
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A manutenção da flexibilidade pelo BC (Banco Central) em relação ao ritmo e à duração de seu ciclo de afrouxamento monetário é prudente. A afirmativa foi realizada nesta terça-feira (28) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que considerou o mercado de trabalho apertado e as expectativas de inflação superiores à meta do país.

Em comunicado sobre as conclusões preliminares após uma visita ao Brasil, a equipe do FMI declarou que aguarda um crescimento moderado no curto prazo antes de uma melhora para 2,5% no médio prazo.

O dado apresentado, segundo a “CNN”, é uma revisão para cima em relação à previsão anterior de 2,0%.

PIB brasileiro: FMI eleva projeção para 2,5% a médio prazo

FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou a projeção do PIB brasileiro a médio prazo para 2,5%, ante uma estimativa de 2,0% em 2023.

Através de comunicado, o FMI justificou a melhora na projeção à implementação da reforma tributária e o aumento da produção de hidrocarbonetos.

“Nos últimos dois anos, a economia brasileira demonstrou notável resiliência, com a inflação recuando para o intervalo da meta. O corpo técnico do FMI prevê que o crescimento modere no curto prazo, antes de se fortalecer e alcançar 2,5% no médio prazo — uma correção para cima frente aos 2,0% projetados na ocasião das consultas de 2023 ao abrigo do Artigo IV”, afirmou a organização.

Segundo a equipe do Fundo, a cautela com a qual tem sido levada a política monetária tem ajudado a inflação a permanecer dentro do intervalo da meta. O FMI também elogiou o esforço das autoridades para melhorar a posição fiscal do Brasil.

Apesar do crescimento da projeção, a equipe reconhece que as enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul (RS) colocam desafios fiscais para o páis.

Segundo as últimas projeções do FMI, a economia brasileira deve crescer 2,1% em 2024 e 2,4% em 2025. Já a inflação deve chegar a 3,7% no fim de 2024 e atingir a meta de 3% na primeira metade de 2026.