O Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou nesta quinta-feira (17) que os gargalos nas cadeias de suprimentos que atrapalharam o crescimento da zona do euro em 2021 podem persistir até 2023, pressionando a inflação na região. Caso o alerta se faça real, a persistência dos gargalos logísticos pode manter a pressão sobre os preços e representar um teste para o Banco Central Europeu (BCE).
A instituição monetária europeia tem adotado uma postura mais cautelosa que outras autoridades monetárias e afirmado que a inflação na região deve recuar ao longo de 2022.
Os gargalos de oferta e o aumento dos preços da energia continuarão representando desafios relevantes para as autoridades monetárias e os governos dos 19 países que usam o euro como moeda. Embora façam um alerta sobre a sequência dos problemas nas cadeias de suprimentos, os autores do relatório dizem que, por enquanto, os choques de oferta são transitórios. Eles também avaliam que os salários na região devem aumentar apenas moderadamente, sem pressionar de forma excessiva a inflação.
Em uma postagem no blog oficial da entidade, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e os autores do relatório, Oya Celasun e Alfred Kammer, disseram que é fundamental manter as expectativas de médio prazo da inflação estáveis.