A chefe do FMI, Kristalina Georgieva, disse que o crescimento do PIB global seja levemente abaixo das projeções de julho de 6%, apresentando fatores sobre os riscos associados a inflação, falta de vacinas, dívida e divergências econômicas.
No discurso virtual feito nesta terça-feira (5), Georgieva disse que a economia global está se recuperando, mas teme que o aumento da inflação em muitos países acabe por desacelerar o crescimento de alguns países. Esse atraso pode causar um aumento das taxas de juros e aperto monetário.
Ainda que os bancos centrais possam evitar o aperto monetário, é importante que eles estejam prontos para agir rapidamente caso a recuperação se fortaleça mais rapidamente do que o esperado ou se os riscos da alta inflação se concretizarem, disse ela no discurso.
Georgieva afirmou ser extremante proveitoso que os países já iniciem ao menos os planejamentos para uma mudança de direção no futuro para uma consolidação fiscal e redução da carga da dívida contraída durante a pandemia, como está sendo feito por Zâmbia, Chade e Etiópia. No entanto, ela salientou que os países teriam de planejar cuidadosamente como mudar o curso em direção à consolidação fiscal de médio prazo para eliminar o aumento do fardo da dívida relacionado à pandemia.
Como projeto de solução, Georgieva trouxe o aumento nas entregas de vacinas e aceleramento nos trabalhos para lidar com as alterações climática. Ela acredita que a eficiência energética combinada a utilização de energia renovável pode gerar 30 milhões de empregos, o que pode elevar o PIB global em cerca de 2% nesta década.