O relatório “World Economic Outlook” (WEO) mais recente divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (30), estima que a economia brasileira deverá crescer cerca de 1,7% em 2024. Em comparação com a projeção lançada em outubro do ano passado, os novos números revelam que o crescimento econômico do País deve ter 0,2 ponto porcentual a mais.
Pensando no longo prazo, para 2025 o FMI manteve a projeção estável no patamar de 1,9%. A revisão realizada pelo órgão internacional, de acordo com o Valor Econômico, faz um destaque à resiliência do mercado mundial na absorção e superação de choques recentes, como a pandemia de covid-19, guerra entre Rússia e Ucrânia e alta da inflação global. O documento ainda pôs o Brasil como um dos países que se saiu melhor diante desse cenário adverso.
Segundo o FMI, o que pode explicar a melhora na expectativa econômica pra o Brasil é o aquecimento da demanda interna. Além disso, o crescimento acima do esperado dos principais parceiros comerciais do País, como a China, também é apontado como uma razão.
De acordo com o veículo, outro ponto destacado pelo FMI como justificativa para a melhora da previsão econômica brasileira diz respeito ao movimento de queda das taxas de juros. Segundo a entidade, isso fez com que o Brasil se adiantasse a uma tendência mundial, movimento similar ao do Chile. Esse aspecto já havia sido citado no relatório anterior e voltou a receber elogios na revisão recente.
Já a política fiscal brasileira foi posta pelo relatório como outro fator de destaque. O FMI cita esse elemento como importante para explicar o bom desempenho do país em um momento em que mercados e economias em desenvolvimento sofrem com produção baixa, segundo a reportagem.
Brasil é a 9ª maior economia do mundo, segundo FMI
O nono lugar no ranking econômico global é ocupado pelo Brasil, com uma projeção de Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,13 trilhões para 2023, ultrapassando o Canadá, que prevê um PIB de US$ 2,12 trilhões, conforme apontam as recentes projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) no World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial).
Os Estados Unidos, China e Alemanha mantêm-se como as maiores economias do mundo em 2023.
No contexto de uma recuperação econômica global lenta após a crise gerada pela pandemia e a guerra na Ucrânia, o FMI prevê uma queda gradual da inflação global, de 8,7% em 2022 para 6,9% em 2023 e 5,8% em 2024. Esse declínio é atribuído a uma “política monetária mais restritiva, aliada aos preços internacionais mais baixos das matérias-primas”, segundo a análise do FMI.