O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou ao Ministério da Economia em recentes reuniões uma projeção de déficit primário de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor público, número mais otimista em relação ao apresentado pela instituição em abril. O FMI ainda indicou que o Brasil deve voltar a registrar saldo positivo nas contas fiscais em 2024.
De acordo com o Valor Econômico, os números apresentados ainda não são oficializados, mas demonstram uma significativa redução sobre o saldo negativo de 9,4% do PIB verificado no ano passado. O grande déficit, recorde da série, foi registrado em 2020 marcado pela pandemia do coronavírus.
Mesmo diante da retomada de algumas medidas restritivas neste ano para frear a crise sanitária, como o auxílio emergencial que acaba de ser prorrogado por mais três meses, o governo tem buscado passar um sinal de controle de gastos e de estar procurando voltar à normalidade fiscal.
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O desempenho do resultado líquido de receitas e despesas de 2021 tem sido favorecido pela combinação da retomada do crescimento econômico e da inflação no atacado e no varejo, que ocasionaram na disparada da arrecadação federal, apresentando uma alta de 22% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A inflação mais alta neste ano deve abrir espaço do teto para 2022, mas o Ministério da Economia estima que essa folga pode ficar menor do que cerca de R$ 30 bilhões líquidos que estão sendo previstos atualmente.
