As previsões de crescimento econômico em 2022 para a América Latina e suas duas maiores economias fora reduzidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), ao destacar a inflação, política monetária mais apertada e uma estimativa de crescimento mais baixa para os Estados Unidos como determinantes para os rebaixamentos.
“A luta contra a inflação levou a uma forte resposta da política monetária, que pesará sobre a demanda doméstica”, disse o FMI sobre o Brasil em uma atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Mundial.
Para o Brasil e México, o OFM reduziu suas projeções em 1,2 ponto percentual cada, para 2,8% e 0,3%, respectivamente, enquanto a estimativa para a América Latina e o Caribe foi diminuída em 0,6 ponto percentual, a 2,4%.
O Fundo disse que o México será afetado um pouco pelas mesmas forças de mercado, agravadas por uma queda esperada no crescimento da produção nos Estados Unidos, seu parceiro de negócios mais importante. “O rebaixamento (do crescimento econômico) dos EUA traz consigo a perspectiva de uma demanda externa mais fraca do que o esperado para o México em 2022”, disse a autoridade monetária.
O FMI revisou para baixo a estimativa de crescimento do Brasil para 2022 e 2023 em relação às projeções feita pela própria instituição em outubro. Para este ano, o país deve crescer 0,3%, néumero fortemente inferior do que a previsão anterior, de 1,5%. Para 2023, o Fundo prevê que o Brasil crescerá 1,6%, 0,4 ponto percentual a menos do que a projeção de outubro. Os números constam do relatório Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês).