Washington

FMI terá que rever projeções para o Brasil, diz Haddad

O FMI divulgou, nesta terça-feira (16), que estima que a economia brasileira crescerá 2,2% em 2024 e 2,1% em 2025.

Haddad
Haddad / Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta terça-feira (16) em Washington que a projeção do governo para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil é mais favorável do que a divulgada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

Na manhã desta terça-feira, o FMI divulgou que estima que a economia nacional crescerá 2,2% em 2024 e 2,1% em 2025. A projeção para o PIB brasileiro deste ano é superior em 0,5 p.p (ponto percentual) ao divulgado pelo Fundo em janeiro.

Para o próximo ano, a previsão cresceu 0,2 p.p entre os prognósticos de janeiro e o mais recente. O FMI espera dados maiores do que os apresentados pelo boletim Focus, que tem projeções coletadas semanalmente pelo BC (Banco Central) junto a agentes financeiros.

O boletim Focus espera uma alta de 1,95% para o PIB em 2024 e de 2% em 2025.

“Nós também projetamos um crescimento menor do que o do ano passado em função da safra”, declarou Haddad, de acordo com o “Valor”.

“Nós continuamos projetando 2,2%, embora os indicadores de atividade estejam aquecidos. Estamos recebendo boas notícias da ponta, tanto do ponto de vista de arrecadação, quanto do ponto de vista de produção e venda, sobretudo o crédito está aumentando no Brasil. Mas nós vamos ser parcimoniosos, vamos continuar mantendo a nossa expectativa de 2,2%, mas com um pequeno viés de alta no nosso caso”, completou o ministro.

Além disso, Haddad acrescentou que espera que o FMI também reavalie seus dados sobre o Brasil. “Eu acredito que o FMI vai ser obrigado a rever para melhor. Vamos também acompanhar o que acontece na economia global, porque nós dependemos disso também”.

O ministro chegou em Washington nesta terça-feira para participar dos encontros de primavera do FMI e do Banco Mundial. Nesta data, Haddad participará de um evento sobre Finanças Sustentáveis no Brazil Institute do Wilson Center. Além disso, ele também estará presente num debate com Ilan Goldfajn, presidente do BID (Banco Internacional de Desenvolvimento), sobre investimento no Brasil e na América Latina na U.S Chamber of Commerce.

Juros: BCs devem resistir à pressão por cortes, diz FMI

Os Bancos Centrais estão acertando ao serem cautelosos quanto às políticas monetárias e devem resistir às pressões para iniciar cortes nas taxas de juros, defende a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) Kristalina Georgieva.

“A flexibilização prematura pode trazer novas surpresas inflacionárias que podem até exigir um novo aperto monetário. Por outro lado, atrasar demais pode jogar água fria na atividade econômica” declarou em pronunciamente nesta quinta-feira (11).

Nesta reta final, disse a diretora, é duplamente importante que os bancos centrais mantenham a sua independência, uma vez que a credibilidade política é vital na luta para restaurar a estabilidade dos preços.

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