O Boletim Focus do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (7) elevou as expectativas para a inflação em 2022. De acordo com as projeções do mercado financeiro, houve mais um aumento no IPCA, que avançou para 5,44%. Desta forma a previsão inflacionária ficou novamente acima da meta, pelo segundo ano consecutivo, em 2022.
PIB
Analistas ouvidos semanalmente pelo BC revisaram para baixo o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, que migrou para 1,53%, sendo que a previsão anterior era de 1,55%. Para este ano, a projeção da atividade econômica foi mantida, esperando uma alta de 0,30% no PIB.
Inflação
No que tange o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a autarquia monetária revelou em relatório projeções pessimistas ao reduzirem a expectativa para este ano sobre o índice, que passou de 5,38% para 5,44%.
Com isso, o Boletim Focus segue indicando o segundo ano consecutivo de rompimento da meta, uma vez que as estimativas se afastam cada vez mais do teto da meta de inflação para o ano, de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.
Já para 2023, as apostas para a variação de preços no ano que vem foram conservadas em 3,50%, mesma projeção apontada em relatório anterior.
Juros
As estimativas sobre a taxa básica de juros do fim de 2022 seguem o mesmo ritmo da semana anterior, quando foi fixada em 11,75%. Enquanto que para o ano de 2023 o mercado financeiro também conservou, pelo terceiro relatório seguido, o patamar de 8% sobre a Selic.
Na primeira reunião para definição da expectativa da taxa básica de juros feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, o colegiado elevou a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 10,75% ao ano. Com o reajuste, o ciclo atual encontra-se no mais intenso desde 1999. Na época, em meio à crise cambial, o BC aumentou a Selic em 20 pontos porcentuais de uma vez só. Os investidores devem, agora, ficar atentos às possíveis sinalizações por movimentos menos intensos na luta da autarquia para controlar a pior escalada da inflação dos últimos anos
Câmbio
De acordo com o mercado financeiro, o câmbio deve continuar estável. Pela sexta semana consecutiva, eles estimam que o dólar deve fechar o ano em R$ 5,60. Já para 2023, ele deve reduzir um pouco, chegando a R$ 5,50 até o fim do ano.