BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Ao comentar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), que recuou 0,1% no segundo trimestre deste ano, o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta quarta-feira (1º) que o período foi o mais trágico da pandemia e que o desempenho econômico ?andou de lado?.
A variação negativa foi observada em relação ao trimestre anterior, segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta quarta. O desempenho vem do resultado negativo da agropecuária (-2,8%) e da indústria (-0,2%). Por outro lado, os serviços avançaram 0,7% no período.
?Foi o trimestre mais trágico, quando a pandemia abateu mais brasileiros, foi abril, maio e junho deste ano, com a segunda onda. Foi justamente quando entrou de novo o auxílio emergencial, a expansão dos programas de assistência. Nós mantivemos a responsabilidade fiscal de um lado e o compromisso da saúde dos brasileiros de outro lado?, afirmou o ministro.
Guedes participou de almoço de lançamento da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo. O ministro afirmou que o resultado do PIB no trimestre, recuo de 0,054% foi arredondado para uma queda de 0,1%, mas ressaltou que é um ajuste ?mínimo, não faz mal?.
?A economia voltou em V, estamos crescendo novamente. Hoje saiu um dado que é praticamente de lado, foi 0,05% a queda do PIB. Quando dá 0,05%, é arredondada para 0,1. Se fosse 0,04%, seria zero. É um negócio mínimo, não faz mal.
Pouco antes, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira havia chamado de “pessimistas” aqueles que veem o dado como o indicador de uma atividade econômica ruim.
Em mensagens publicadas no Twitter o ministro usou a comparação com o segundo trimestre de 2020 para argumentar que o resultado “confirma a recuperação da nossa economia”.
“O PIB brasileiro no 2º trimestre deste ano cresceu 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado e confirma a recuperação da nossa economia, que já está no mesmo patamar do final de 2019 e início de 2020”, afirmou.
“Ao comparar com o 1º trimestre de 2021 o PIB recuou 0,1%. O suficiente para pessimistas dizerem que a economia está ruim, mas prefiro o otimismo de ver que o Brasil já está no nível pré-pandemia, confiante na recuperação iniciada com o avanço da vacinação e das reformas em curso”, escreveu na rede social.