As ações dos principais frigoríficos do país recuavam às 12h29 desta segunda-feira (18), em um dia em que a manutenção do veto da China à carne brasileira ganha repercussão no noticiário internacional.
Os papéis da Minerva caíam 2,34% e lideravam a lista de perdas na Bolsa de Valores brasileira. Marfrig e JBS tinham desvalorização de 0,88% e 0,03%, respectivamente.
O jornal Financial Times publicou nesta segunda que as autoridades brasileiras estão cada vez mais preocupadas com a proibição chinesa da carne bovina do Brasil, que já dura mais de um mês e ameaça dizimar exportações de aproximadamente US$ 4 bilhões por ano (R$ 21,8 bilhões).
Brasília suspendeu voluntariamente os embarques da proteína para a China, seu maior mercado, no início de setembro, após a confirmação de dois casos de doença “atípica” da vaca louca em diversos frigoríficos do país.
Havia a expectativa, porém, que Pequim retomasse rapidamente as importações, uma vez que novos casos não foram detectados. Mas a suspensão se arrasta há quase seis semanas.
A baixa das ações dos frigoríficos também ocorre em um dia em que a Bolsa opera em viés de queda devido à divulgação de dados que mostram um fraco crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China, o que é um sinal preocupante para exportadores de commodities brasileiros.
O Ibovespa, principal índice de Bolsa, caía 0,74%, a 113.791 pontos. O dólar subia 1,32%, a R$ 5,5260.