As ações das empresas frigoríficas operam em queda na Bolsa de Valores nesta quarta-feira (17), após proposta da Comissão Europeia de proibir a importação de produtos do agronegócio considerados fortemente ligados ao desmatamento e à degradação florestal.
Os papéis da Minerva lideravam as perdas, com baixa de 4% por volta das 12h45, negociados a R$ 8,61, enquanto as ações da JBS recuavam 1,35%no mesmo horário, a R$ 36,49.
Já as ações da BRF tinham queda de 0,75%, cotadas a R$ 22,46, e as da Marfrig recuavam 0,23%, a R$ 25,65. O Ibovespa operava com desvalorização de 0,34%, aos 104.045 pontos.
A Comissão Europeia propôs nesta quarta (17) proibir a importação de produtos do agronegócio considerados fortemente ligados ao desmatamento e à degradação florestal, entre eles algumas das commodities mais exportadas pelo Brasil, como soja e carne bovina.
Segundo Paschoal Paione, gestor de commodities da Garin Investimentos, o anúncio da Europa pesa ainda mais para as ações do setor, que já vinham sob pressão desde meados de outubro, após a China manter o veto à compra de carne brasileira.
“A Minerva tem uma queda mais acentuada por ser a maior exportadora de bovinos com originação no Brasil”, diz Paione.
Ele lembra que a Marfrig tem sua planta baseada nos Estados Unidos, e a JBS e a BRF têm o negócio mais diversificado nas frentes de suínos e aves.
“Nossa Bolsa de Valores está passando por uma fase de realização, decorrente das incertezas políticas e econômicas, e com o investidor com foco no risco fiscal. Esta situação amplia a aversão ao risco”, afirma Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.