Investimentos imobiliários

Fundo imobiliário tem queda no valor patrimonial; IFIX avança

Fundo imobiliário sofre ajuste no patrimônio, mas mercado de FIIs mantém bom desempenho

Fundo imobiliário/ Freepik
Fundo imobiliário/ Freepik

O fundo imobiliário Hedge Shopping Parque Dom Pedro (HPDP11) informou na quinta-feira (3) uma redução no valor patrimonial após a reavaliação do único ativo de seu portfólio.

Segundo comunicado via fato relevante, o imóvel – o Shopping Parque Dom Pedro, localizado em Campinas (SP) – foi avaliado a valor de mercado em 30 de junho pela Cushman & Wakefield, resultando em uma desvalorização de 0,75% frente ao valor contábil anterior.

Esse ajuste levou a uma queda de 0,69% no valor da cota do fundo no fechamento do mês passado. Na prática, o impacto não afeta diretamente a distribuição de rendimentos, mas altera o patrimônio líquido do FII.

Com pouco mais de 350 cotistas, o HPDP11 busca valorização e retorno de longo prazo por meio do investimento direto ou indireto no shopping.

De acordo com o último relatório gerencial, o fundo detém 10,53% de participação no empreendimento, que possui área bruta locável (ABL) de 126,1 mil m² e é administrado pela Allos (ALOS3).

IFIX próximo do recorde

O IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) avançou 0,19% no pregão de quinta-feira (2), encerrando aos 3.481,84 pontos, bem próximo da máxima histórica de 3.483,77 pontos.

No acumulado de 30 dias, o índice registra alta de 1,07%, enquanto em 2025 o avanço já chega a 11,73%. Mesmo com o forte desempenho no primeiro semestre, analistas veem espaço para novas oportunidades.

Durante o evento Onde Investir no 2º Semestre de 2025, promovido pelo Seu Dinheiro com apoio do Money Times, Caio Araujo, analista da Empiricus Research, afirmou que, embora os FIIs tenham iniciado o ano com preços mais descontados, a valorização recente ainda permite identificar ativos atrativos.

Na avaliação de Araujo, apesar de estar mais difícil encontrar barganhas em comparação a alguns meses atrás, ainda há oportunidades.

Segundo ele, todos os segmentos de FIIs seguem sendo negociados com desconto, especialmente o de lajes corporativas.

O analista também ressaltou que o desempenho dos FIIs está diretamente ligado a dois fatores macroeconômicos: os juros e o cenário fiscal.

“A Selic já atingiu seu pico, mas a inflação ainda precisa ser monitorada. No campo fiscal, o ambiente continua incerto, sobretudo com as eleições do ano que vem. Esse será um fator-chave para a performance das cotas nos próximos 12 meses”, afirmou.