Fundos estrangeiros ligam alerta para milionários brasileiros

O banco suíço Lombard Odier possui mais de R$ 1,8 bi sob gestão, e chegou no Brasil em março

Fundado há mais de 200 anos, o banco suíço Lombard Odier prepara investida para aproximar milionários brasileiros de seus fundos, abrindo escritório em São Paulo em março deste ano. A companhia possui US$ 350 milhões (R$ 1,8 bilhões na cotação atual) sob gestão e exige, no mínimo, US$ 1 milhão (R$ 5,3 milhões) para dar início aos investimentos.

Nos últimos 12 meses os fundos de ações que realizaram investimentos em empresas estrangeiras obtiveram R$ 36 bilhões em captação líquida. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os resultados são os melhores entre todos os tipos de fundos.

O que pode se tornar um fator relevante na escolha dos investidores, o que é melhor que um próprio fundo estrangeiro para realizar aportes em empresas internacionais?

O Lombard não revela quantos clientes tem no Brasil, mas afirma que 5% dos ativos administrados globalmente são de latino-americanos, como parte do um terço que corresponde aos mercados emergentes. Um segundo terço é representado pelos clientes suíços e o último é preenchido pelos demais europeus.

Além do banco suíço, o francês BNP Paribas também atua no Brasil com gestão de fortunas e oferece investimentos no exterior. A asset da instituição no país tem R$ 78 bilhões sob administração. O norte-americano Citi, que em 2017 saiu do varejo brasileiro para focar em clientes corporativos, manteve um pé na “pessoa física”, através da gestão do dinheiro de famílias ricas. Segundo a Anbima, o banco tem R$ 8 bilhões em patrimônio líquido administrado.