Foram registradas 150 transações de fusão e aquisição no país em novembro, o que coloca o mês como o terceiro melhor do ano, atrás de outubro e março, segundo a consultoria Duff & Phelps.
O volume acumulado em 11 meses é de 1.455 transações, 52% mais do que no mesmo período de 2020. Na comparação com novembro do ano passado, a alta fica em 23%.
Segundo Alexandre Pierantoni, diretor da consultoria, a expectativa é fechar o ano com pelo menos 1.500 transações, recorde para o país. Ele ressalta que há cinco anos a média anual era de apenas 800 transações.
O movimento de alta nas fusões e aquisições é global -dados da consultoria Dealogic apontam recorde no mundo, com 63% mais transações. Por aqui, colaboraram para o resultado a queda da taxa de juros no primeiro semestre, que estimulou o apetite por risco dos investidores, e a onda de IPOs e follow-ons, analisa Pierantoni. A diversificação dos setores envolvidos nas transações, em vez do usual foco na tecnologia, também ajudou a aumentar os números.
Para o ano que vem, a expectativa é positiva, mas o investidor vai continuar cauteloso, segundo o executivo. “O aumento da taxa de juros, a indefinição sobre a inflação, o déficit do governo e o ambiente eleitoral trazem mais incerteza”, afirma.
Também pode ser mais difícil atrair investidores estrangeiros. “O mundo está se recuperando da crise, e o Brasil não está conseguindo acompanhar, por seus problemas internos”, diz Pierantoni.