Batendo na tecla

G20 Social: relatório deve propor tributação dos super-ricos, diz ministro

A proposta sugere que a arrecadação seja destinada ao combate à fome e à pobreza, além de apoiar ações contra as mudanças climáticas

Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República /Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República /Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, destacou nesta quinta-feira (7) a importância da participação da sociedade civil nas discussões da cúpula do G20, que será realizada neste mês, no Rio de Janeiro.

Macêdo ressaltou que a criação da terceira trilha para o grupo, chamada de G20 Social, visa ouvir e entender os anseios da sociedade sobre os temas discutidos por chefes de estado, ministros e outras autoridades.

O ministro anunciou que uma das propostas no relatório final, a ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será sobre a tributação dos super-ricos. Segundo Macêdo, um imposto global de 2% impactaria apenas três mil pessoas ao redor do mundo, que possuem um patrimônio estimado em cerca de US$ 15 trilhões.

A proposta sugere que a arrecadação seja destinada ao combate à fome e à pobreza, além de apoiar ações contra as mudanças climáticas.

“Os chefes de Estado vão definir políticas públicas que vão atingir todas as populações no mundo e a população não participa desse processo?”, questionou o ministro, conforme informações do “InfoMoney”.

Biden decidirá se estenderá convite para Trump participar do G20

A próxima reunião do G20 acontece em novembro no Rio de Janeiro. Mesmo com a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA, o governo brasileiro decidiu que fica à critério do atual presidente norte-americano, Joe Biden, decidir se estender — ou não — o convite para o encontro ao seu sucessor.

Fontes próximas ao Palácio do Planalto disseram que a decisão não cabe ao governo brasileiro devido a questões diplomáticas. Desta forma, não há alterações na organização do evento, previstas para ocorrer entre os dias 18 e 19 deste mês. As informações foram obtidas pelo “Valor”.

Uma das motivações para esse protocolo é que Trump só tomará posse do cargo em 20 de janeiro de 2025. Até lá, o processo eleitoral nos EUA envolveu uma votação de delegações e o Congresso norte-americano.

Nesta manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, para debater o cenário da política externa brasileira diante da vitória eleitoral do republicano Donald Trump.