O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (9) que, após uma sabatina e uma votação “bem-sucedida” do nome de Gabriel Galípolo para assumir a presidência do BC (Banco Central) a partir de 2025, ele agora precisará indicar os nomes dos novos diretores da autarquia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Haddad, Lula precisa indicar três novos diretores para o Banco Central até o final de 2024. Eles também precisam ser sabatinados e aprovados pelo Senado para tomar posse.
Os nomes irão ocupar a Diretoria de Política Monetária, hoje comandada por Galípolo; a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; e a Diretoria de Regulação.
“O que combinamos com o presidente Lula é que, depois da sabatina que ocorreu ontem, e que foi muito bem sucedido — foi muito saudada a maturidade com que a sabatina foi feita, e a votação, muito expressiva —, eu penso que é um sinal de que institucionalmente as coisas vão bem”, disse Haddad, de acordo com o G1.
“Temos, sim, essa preocupação com a questão de gênero no BC, e o Galípolo ficou de, ato contínuo à sabatina, levar ao presidente Lula alguns nomes, uma vez que é ele que indica ao Senado, para que esses nomes sejam sabatinados. imaginamos que, em novembro, seja possível sabatiná-los”, acrescentou.
Febraban: Mandato de Galípolo no BC é “muito promissor”
O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, elogiou nesta terça-feira (8) a aprovação do economista Gabriel Galípolo, de 42 anos, como o novo presidente do Banco Central (BC). A votação no Senado resultou em 66 votos a favor e 5 contra, realizada de forma secreta.
Sidney considerou o mandato de Galípolo à frente do BC “muito promissor” e desejou “sucesso” em sua gestão. O presidente da Febraban também destacou que o atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, está conduzindo a transição de maneira “serena e institucional”.
Anteriormente, Galípolo foi sabatinado e aprovado por unanimidade na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Ele, que atualmente ocupa o cargo de diretor de Política Monetária do BC, assumirá a presidência da autarquia a partir de 1º de janeiro de 2025.