Não há ‘bala de prata’

Galípolo diz que questão fiscal precisa de tratamento contínuo

Em entrevista coletiva realizada em Brasília, Galípolo afirmou que a autarquia conta com a confiança do presidente Lula

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC Febraban
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC / Foto: Divulgação

O diretor de Política Monetária do BC (Banco Central) e futuro presidente da autarquia, a partir de janeiro de 2025, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (19) que não existe uma “bala de prata” para resolver a questão fiscal do Brasil no curto prazo. Ele acrescentou que, para sanar o tema, seria necessário tratar do assunto de forma contínua.

Em entrevista coletiva realizada em Brasília, Galípolo afirmou que a autarquia conta com a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como apontou o “Investing”.

Galípolo diz não vê ataque especulativo contra real

Gabriel Galípolo, futuro presidente do BC (Banco Central), disse, nesta quinta-feira (19), que não vê um ataque especulativo contra o real. Na sessão da véspera, o dólar bateu um novo recorde de R$ 6,26, exigindo mais uma interferência da autoridade monetária nesta quinta.

Galípolo afirmou, durante coletiva, que a depreciação cambial é uma reação natural do mercado ao cenário econômico do Brasil.

“Não é correto tratar o mercado como um bloco monolítico, como se fosse coordenada andando em um único sentido. Toda vez que há uma mobilização em torno de um ativo há vencedores e perdedores. Então falar que há um ataque especulativo coordenado não representa bem”, comentou o executivo.

Além disso, o futuro do presidente do BC também indicou que “não há bala de prata” para o problema fiscal do Brasil no curto prazo.

“Todos sabem. Mercado e academia sabem que é difícil apresentar qualquer tipo de plano fiscal que seja bala de prata, que vai dar conta de endereçar todos os problemas no curto prazo. Sinto isso na conversa que tenho com o presidente Lula e com o ministro Fernando Haddad o reconhecimento do diagnóstico de que existem problemas fiscais a serem endereçados no país”, afirmou, segundo a “CNN”.

O mandato de Galípolo à frente do BC iniciará a partir de janeiro do ano que vem, atualmente ele é diretor de Política Monetária e foi indicado à chefia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)