Política

Galípolo: guerra entre Israel e Hamas não afeta cortes da Selic

Para Galípolo, a piora no ambiente externo deve ser compensada por uma conjuntura doméstica mais favorável

O diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, garantiu  que a guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, não afetará o ritmo de cortes dos juros no país. A previsão é que o Copom (Comitê de Política Monetária) promova mais duas reduções de 0,5 ponto percentual da taxa Selic até o fim do ano.

Para Galípolo, a piora no ambiente externo deve ser compensada por uma conjuntura doméstica mais favorável. A afirmação foi feita em uma reunião do Conselho Empresarial de Economia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), nesta segunda-feira.

O confronto no Oriente Médio, iniciado neste fim de semana, fez disparar os preços do petróleo no mercado internacional. Pela manhã, o valor do barril do tipo Brent, a referência mundial, subiu 3,71%, cotado a US$ 87,69. O barril do tipo West Texas Intermediate (WTI), que serve de padrão para o mercado americano, aumentou 3,72%, negociado a US$ 84,30.

O temor é que esse salto do preço da commodity exerça pressão sobre a inflação, algo que poderia comprometer os próximos cortes da Selic.

Ibovespa: entenda o que fez bolsa fechar em alta mesmo com guerra

O desempenho positivo do Ibovespa surpreendeu o mercado nesta segunda-feira (9). O principal índice acionário brasileiro fechou a sessão com alta de 0,86%, aos 115.156 pontos.

Os resultados acima do esperado vieram no primeiro dia útil após o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, no último sábado (7). Por ser uma região de grande produção de petróleo, havia o temor de que o conflito afetasse a commodity e derrubasse bolsas ao redor. Mas não foi isso que aconteceu. 

A cotação do petróleo Brent avançou 4%, o que ajudou as empresas do setor petrolífero a registrarem altas consistentes e levar o Ibovespa a fechar no azul. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) subiram 3,68% e 4,09%, respectivamente. Já a PRIO (PRIO3) disparou 8,85%.

“A curva de juros caiu, a gente viu as empresas de petróleo subindo muito, isso ajudou o índice e o mercado ao longo do dia, de certa forma, com uma expectativa de que esse conflito tenha uma solução mais atenuada e mais breve do que o esperado. Isso fez também que o preço do petróleo cedesse um pouco, então isso ajudou a melhorar a bolsa hoje. Vamos ver nas próximas 48 horas qual será a resposta de Israel”, avaliou para o BP Money o analista de investimentos da Andbank, Fernando Bresciani.

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