![Gabriel Galípolo/ Foto: Jose Cruz/Agência Brasil Gabriel Galípolo/ Foto: Jose Cruz/Agência Brasil](https://uploads.bpmoney.com.br/2024/12/5Dt6NptT-30da5331-360f-4546-b8f1-4248a24d8695-1320x880.webp)
O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira (12) que a inflação seguira “desconfortável” para famílias e empresas no curto prazo. O mandante também afirmou que a instituição permanece no ciclo de aperto monetário, contudo não deu detalhes sobre o futuro das próximas reuniões.
Segundo Galípolo, o País está em um patamar historicamente elevado do ponto de vista de rigor monetário: “É um momento desconfortável para as empresas e famílias, que é um momento em que a inflação deve seguir em patamar desconfortável fora da meta, e você espera que a política monetária faça efeito gradualmente”, afirmou.
Como apurou o portal exame, o economista garantiu que o BC terá cautela ao analisar os sinais de desaceleração emitidos pelos dados recém-divulgados de atividade econômica como mercado de trabalho e confiança na indústria.
Posição agressiva
Galípolo concedeu sua primeira palestra desde que assumiu a presidência do BC. Ele participou de um seminário sobre política monetária e adiantou que a autarquia deve adotar uma posição mais agressiva no momento de anunciar uma alta na taxa de juros.
“O BC precisa ter parcimônia”, “O Banco Central vai tomar tempo necessário para ter a certeza de que os dados que estão chegando confirmam uma tendência e não uma volatilidade de dados de alta frequência.”
Nessa mesma palestra, o presidente ainda alertou que a alta frequência de dados costumar vir apoiados em uma alta volatilidade, apresentando tendencia, que no fim não se confirma.
BC está mais confiante na inflexão no mercado de crédito
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) demonstrou maior confiança em uma inflexão no mercado de crédito, fator que pode contribuir para esfriar a economia e reduzir a inflação para a meta.
Na ata da última reunião, divulgada nesta semana, o comitê afirmou que “o crédito bancário tem apresentado alguma inflexão no período mais recente”. A linguagem é mais assertiva do que a usada em dezembro, quando indicava que “o mercado de crédito mostra, possivelmente, sinais incipientes de inflexão”.
O Banco Central vem destacando a expansão do crédito como um dos três fatores que levaram a um desempenho superior ao esperado do PIB (Produto Interno Bruto) desde 2023. Os outros dois são o mercado de trabalho forte e a expansão fiscal.