O presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), Vanderlan Cardoso (PSD), declarou nesta terça-feira (3), que a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à presidência do BC (Banco Central), deve ocorrer no dia 17 de setembro. Segundo Vanderlan, a definição irá depender da aceitação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
“Vou conversar com Pacheco hoje para definir a data da sabatina. provavelmente será no dia 17, mas preciso do ok dele”, disse Vanderlan, de acordo com o “InfoMoney”. “Já ouvi o líder Otto Alencar, Gabriel (Galípolo) está aqui e precisa de um tempo para ir com os senadores. Acredito que será ou nessa data ou depois das eleições, vai depender muito da conversa com Pacheco”, acrescentou.
Ao ser questionado sobre a declaração do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), na segunda-feira (2), de que a sabatina deveria ser realizada na próxima terça-feira (10), Vanderlan declarou que “isso só atrapalha”. “Isso só atrapalha. Essas declarações sem conversar com o presidente do Senado só atrapalham, porque não há nada definido”, pontuou.
A fala de Vanderlan ocorreu após uma reunião dele com Galípolo no Senado. O indicado è presidência do BC está fazendo seu périplo gabinetes na Casa Alta do Congresso.
BC e Governo procuram um Galípolo para a vaga de Galípolo
O ministro Fernando Haddad (PT), anunciou na tarde de quarta-feira (28) a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o nome de Gabriel Galípolo como o próximo presidente do BC (Banco Central). Agora, entre o governo e a autarquia circula a expressão que “procura-se um Galípolo para a vaga de Galípolo”, segundo apuração do “Valor”.
Galípolo e Haddad buscam alguém com o perfil do atual titular do cargo para comandar a diretoria de política monetária, cargo que o indicado à presidência do BC ocupa no momento, considerada a mais estratégica na instituição, de acordo com fontes do Palácio do Planalto, segundo o veículo.
O governo e o BC procuram um economista ligado ao mercado financeiro, que seja respeitado pelo empresariado e pelos investidores, porém que mantenha o diálogo com o campo progressista no mundo político.