Petrobras

Gasolina e diesel: defasagem dispara e aumenta risco de reajuste turbinar inflação

O avanço do preço do petróleo no mercado internacional chega ao Brasil em um momento em que a Petrobras (PETR4) opera com preços significativamente defasados

Resultado do IPCA-15 foi puxado, principalmente, pela gasolina
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O forte avanço do preço do petróleo no mercado internacional, impulsionado pelo pacote de sanções contra o setor energético russo, chega ao Brasil em um momento em que a Petrobras (PETR4) opera com preços significativamente defasados, alcançando níveis que, em 2023, levaram a empresa a reajustar o diesel em 25% e a gasolina em 16%.

Um eventual aumento — para reduzir ou eliminar essa defasagem — pode impactar a inflação de 2025, especialmente em fevereiro. No entanto, a medida traria alívio para importadores e produtores de etanol, que vêm perdendo espaço nos postos de abastecimento devido aos preços estagnados dos dois combustíveis.

De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem média do diesel nas refinarias da Petrobras, em relação ao preço praticado no Golfo do México, chegou a 22% na última sexta-feira, enquanto a da gasolina foi de 13%.

Mesmo na Refinaria de Mataripe, que ajusta seus preços semanalmente, o óleo diesel está sendo vendido 11% abaixo do mercado internacional, enquanto a gasolina apresenta um preço 7% inferior.

Gasolina: preço médio subiu 9,39% no acumulado de 2024

gasolina encerrou 2024 com um preço médio de R$ 6,29 por litro, registrando um avanço de 9,39% no acumulado do ano, conforme apontou o IPTL (Índice de Preços Edenred Ticket Log), que consolida dados de preços em 21 mil postos de abastecimento pelo país.

Já o etanol fechou o ano a R$ 4,27 por litro, com um crescimento de 18,61% no mesmo período.

“Além dos reajustes ao longo do ano, a alta nos combustíveis também foi provocada pela valorização do dólar em relação ao real, especialmente nas últimas semanas de 2024”, afirmou Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil, segundo o “InfoMoney”.

“Fatores de infraestrutura também impactam o preço final encontrado pelo consumidor nas bombas. Apesar do etanol ter apresentado uma variação significativa no decorrer do ano, o biocombustível ainda é mais viável financeiramente em boa parte do Brasil”, acrescentou o especialista.

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