
O estilista italiano Giorgio Armani, um dos maiores nomes da moda mundial, morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos, em Milão. Fundador de um império global do luxo, ele deixou uma fortuna avaliada em US$ 12,1 bilhões (R$ 66 bilhões), quase o dobro do valor que tinha em 2020.
Segundo a revista Forbes, Armani ocupava o 234º lugar entre os bilionários do mundo, à frente de nomes como André Esteves, do BTG Pactual, e Patrizio Bertelli, ex-CEO da Prada.
Símbolo do estilo moderno italiano e da elegância, Armani unia o talento de designer à visão empresarial, comandando uma companhia com faturamento anual de cerca de 2,3 bilhões de euros (R$ 14,6 bilhões).
Mesmo aos 91, o estilista não se afastava dos negócios. Em entrevista ao Financial Times concedida uma semana antes da morte, revelou que ainda supervisionava toda a direção criativa da marca.
“Não sei se chamaria de workaholic, mas o trabalho duro é essencial para o sucesso”, disse.
Armani não deixou filhos. Entre os possíveis sucessores, citou familiares próximos — como a irmã Rosanna e os sobrinhos Silvana, Roberta e Andrea Camerana — além de Leo Dell’Orco, seu companheiro e diretor de design masculino.
Império global do luxo
Criador visionário, Armani construiu uma marca de 50 anos que se estendeu da alta-costura ao prêt-à-porter, acessórios, perfumes, joias, hotéis e projetos de arquitetura em cidades como Milão, Paris, Nova York, Tóquio e Xangai.
Em comunicado oficial, a grife destacou a dedicação inabalável do fundador:
“Sr. Armani faleceu pacificamente, cercado por seus entes queridos. Incansável, trabalhou até os últimos dias, dedicando-se à empresa e a novos projetos.”
Despedida
O velório acontece neste sábado (6) e seguirá até domingo (7), em Milão. Atendendo ao desejo do estilista, o funeral será privado.