Na visão do Goldman Sachs, o Itaú Unibanco teve resultados neutros no terceiro trimestre de 2021. Em relatório, o banco trouxe quais seriam os fatores que influenciaram estes resultados e mantém recomendação neutra para as ações do Itaú.
O Goldman afirma que a margem financeira, volumes de crédito e tarifas positivos foram compensados, de forma parcial, por uma tendência de alta das despesas operacionais, maiores provisões contra a inadimplência e a queda na cobertura contra calotes.
A margem financeira do Itaú, que reflete o ganho do banco com operações com clientes e de tesouraria, ficou 4% acima do que projetavam, graças à expansão de 13%, em um ano, da margem com clientes. “De fato, os volumes de crédito permaneceram fortes, com alta de 6% em um trimestre e de 14% em um ano”, escreveram os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Nicholas Walker.
Por outro lado, o Goldman destaca que as despesas com provisões do Itaú subiram 12% em um trimestre, embora tenha sido 17% menores que no mesmo período de 2020. O custo de risco, calcula o banco, passou de 2,6% no segundo trimestre deste ano para 2,8% no terceiro, graças à maior participação do varejo nos volumes de crédito e da maior inadimplência entre clientes corporativos.
A recomendação neutra para as ações do Itaú, veio ontem após o fechamento das ações com preço-alvo de R$ 25.