O banco americano Goldman Sachs revisou nesta segunda-feira (19) sua estimativa para o câmbio brasileiro e projetou o dólar a R$ 4,40 no fim de 2023.
A melhora da estimativa foi motivada, principalmente, pelos resultados mais otimistas da economia brasileira, com projeções de queda da inflação e da taxa de juros, além da mudança da perspectiva da nota de risco do Brasil, atribuída pela S&P Global Ratings, na semana passada.
No relatório anterior, o Goldman Sachs havia indicado que, nos próximos três, seis e 12 meses, o dólar chegaria a R$ 4,90, R$ 4,85 e R$ 4,80, respectivamente. Agora, os números, na mesma sequência, foram revisados para R$ 4,60, R$ 4,40 e R$ 4,40.
Ibovespa fecha em alta, com Copom no radar; dólar cai
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a segunda-feira (19) em alta de 0,93%, aos 119.857 pontos. Já o dólar caiu 0,92%, cotado a R$ 4,77.
Em um dia de agenda esvaziada por conta do feriado do Dia do Fim da Escravidão nos EUA, as atenções dos investidores locais estiveram voltadas às novas projeções para a economia brasileira.
“O Ibovespa teve fôlego para se aproximar dos 120 mil pontos, tocando no maior patamar desde novembro passado, mesmo com feriado nos EUA e queda nas bolsas europeias. O otimismo se deu mesmo com o cenário base de que o Copom não vai cortar a Selic na reunião desta semana, mas com a expectativa de que haja sinalização para ocorrer a partir de agosto”, disse Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
No cenário doméstico, foi divulgado na manhã desta segunda-feira o Boletim Focus, que reúne a média das expectativas de economistas do mercado para os principais indicadores econômicos do País.
As projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que representa a inflação oficial, registraram baixa, passando de 5,42% na semana passada para 5,12% nesta semana. Além disso, a projeção para o próximo ano também apresentou um recuo pela terceira vez seguida, diminuindo de 4,04% para 4,00%.
O Boletim Focus também trouxe uma nova alta na expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, passando de crescimento de 1,84% para 2,14%. Já a estimativa para o ano de 2024 sofreu uma leve queda, indo de 1,27% para 1,20%.
Diante desse cenário, os investidores aguardam a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que deve acontecer na próxima quarta-feira (21).