O Goldman Sachs elevou sua recomendação para as ações da XP Inc, passando de “neutra” para “compra”.
Segundo o banco, a corretora brasileira apresenta uma combinação favorável de alavancagem operacional robusta, fontes de receita diversificadas e alta sensibilidade a possíveis cortes nos juros, fatores que reforçam seu potencial de valorização. O preço-alvo foi ajustado para US$ 23.
O relatório destaca que a XP está menos dependente da recuperação do mercado de ações. Com o avanço das receitas de renda fixa, a empresa estaria mais preparada para manter um crescimento de dois dígitos na receita, mesmo diante de um cenário de mercado mais adverso.
Renda fixa ultrapassa ações e muda perfil da XP
As receitas oriundas de renda fixa superaram as de ações no primeiro trimestre de acordo com os dados apresentados, marcando uma mudança estrutural no perfil da companhia. A participação das ações na receita da XP caiu de mais de 40% em 2021 para 21% atualmente.
A receita da XP pode crescer 21% em 2026, enquanto o cenário-base projeta expansão de 11%.
Outro destaque do relatório é a sólida posição de capital da XP, que deve viabilizar a continuidade dos programas de recompra de ações e o pagamento de dividendos. No cenário base do Goldman Sachs, o lucro da empresa deve crescer 16% até 2026.
B3 perde força e tem recomendação cortada pelo Goldman
Por outro lado, o Goldman Sachs rebaixou a recomendação para a B3 SA (BVMF:B3SA3), passando de “compra” para “neutra”. Segundo o banco, o principal fator para a mudança é a limitação na expansão das margens, além dos riscos relacionados à concorrência e disputas judiciais, que, juntos, reduzem o potencial de valorização da companhia.
A operadora da bolsa brasileira já opera com margem EBITDA de 70%. Da mesma forma, suas ações seguem negociadas com prêmio relevante frente ao Ibovespa, o que limita espaço para ganhos adicionais.
O banco apontou que o BTG Pactual (BVMF:BPAC11) apresenta a trajetória de lucros mais estável entre seus pares, mantendo suas recomendações de compra .