O Tesouro Nacional informou ter captado US$ 2,25 bilhões (equivalente a R$ 11,12 bilhões) em uma emissão de títulos públicos no mercado externo nesta terça-feira (29). Na operação, a primeira do tipo neste ano, o retorno aos investidores ficou entre 3,87% ao ano e 4,92% ao ano.
Na emissão desta quarta, foram disponibilizados títulos com vencimento em 2031 e 2050.
As taxas de retorno dos papéis ficaram em 3,875% ao ano para os títulos que vencem em 2030 e 4,925% ao ano para os de 2050. A operação foi liderada pelos bancos Bradesco BBI, Goldman Sachs e HSBC.
O Tesouro informou que o objetivo da operação foi antecipar o financiamento de vencimentos e dar referência às empresas em relação à taxa de juros. A emissão de títulos do governo serve de referencial para o mercado privado.
A última emissão externa do governo brasileiro foi feita em dezembro do ano passado. Na ocasião, foram ofertados títulos a vencer em 2025, com taxa de retorno de 2,2% ao ano, em 2030, com juros de 3,45% ao ano e em 2050, com retorno de 4,5% ao ano. A captação total foi de US$ 2,5 bilhões.
Além da janela de oportunidade para a captação externa, o governo brasileiro também busca recursos para financiar seus gastos.
As despesas explodiram durante a pandemia do novo coronavírus em 2020. Neste ano, mesmo em patamar menor, o governo segue se endividando para implementar ações de enfrentamento à crise sanitária.
Diante da pressão por aumento de gastos com programas sociais e obras públicas, o Tesouro vem ressaltando que a capacidade do governo de emitir dívida tem um limite.
O órgão afirma, no entanto, que não há dificuldade para rolagem da dívida no curto prazo e que são boas as perspectivas para pagamento dos títulos a vencer nos próximos meses.