Governo central tem déficit primário de R$ 45,2 bi em junho

O resultado do governo central representa o pior desempenho para o mês desde 2021

As contas do Governo Central registraram um déficit primário de R$ 45,223 bilhões em junho. O saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – representa o pior desempenho para o mês desde 2021, quando registrou déficit de 73,474 bilhões, em valores nominais.

O dado de junho ficou dentro do intervalo das estimativas, que eram de déficit de R$ 52,90 bilhões a R$ 33,20 bilhões.

No acumulado do primeiro semestre do ano, o Governo Central registrou déficit de R$ 42,509 bilhões, o pior resultado desde 2021. Em relação ao mesmo período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo em R$ 54,293 bilhões.

Em junho, as receitas reportaram queda real de 22,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, houve baixa de 5,1%.

Em contrapartida, as despesas subiram 4,9% em junho, já descontada a inflação. No acumulado de 2023, a variação foi positiva em 5,1%.

Em 12 meses até junho, o Governo Central reportou um déficit de R$ 41,5 bilhões, o que é equivalente a 0,41% do PIB. A meta fiscal para 2023 admite um rombo primário de até R$ 238,2 bilhões.

Tesouro tem superávit primário de R$ 6,4 bilhões em junho

As contas do Tesouro Nacional – incluindo o Banco Central – registraram um superávit primário de R$ 6,477 bilhões em junho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Tesouro. No ano, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 122,476 bilhões.

Diferente do Tesouro, o INSS reportou um déficit de R$ 51,700 bilhões. Já nos primeiros seis meses deste ano, o resultado foi negativo em R$ 164,984 bilhões. As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 82 milhões em junho e de R$ 127 milhões no acumulado de 2023 até o mês passado.