Diz Tesouro Nacioal

Governo central tem déficit primário de R$5,3 bi em setembro

Os números do governo integram as contas do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social; o déficit foi menor que o esperado por especialistas

Foto: Freepik
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Conforme informações do Tesouro Nacional divulgadas nesta quinta-feira (7), o governo central registrou déficit primário de 5,3 bilhões de reais em setembro quando comparado ao saldo positivo de 11,6 bilhões de reais no mesmo mês do ano passado.

Os números integram as contas do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social. Apesar de ter sido um déficit, ainda foi melhor que o saldo negativo de R$ 6,35 bilhões projetado por analistas em pesquisa da “Reuters”.

Devido à mobilização dos servidores do Tesouro Nacional, os dados de setembro, normalmente divulgados na última semana de outubro, foram apresentados com atraso. Os servidores estavam em greve e reivindicavam melhores condições salariais.

Corte de gastos: governo pode alterar pisos da Saúde e Educação

O governo está estudando a possibilidade de incluir alterações nos pisos da Saúde e Educação nas medidas de corte de gastos, informou reportagem do O Globo.

De acordo com o jornal, o modelo apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugere que os pisos deixariam de ser atrelados à receita e passariam a ser vinculados aos limites de gastos do arcabouço fiscal, que determina que as despesas não podem crescer mais de 2,5% acima da inflação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda-feira (4) que acredita que a equipe econômica está pronta “essa semana para anúncio do Plano de corte de gastos“. De acordo com o ministro, a parte técnica do projeto “está avançada”.

Ainda segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou o final de semana trabalhando no pacote de medidas fiscais. “Por deferência a Lula, vamos esperar algumas horas para ter o encaminhamento sobre cortes”, disse o ministro.

Cortes terão o “impacto necessário” para cumprir arcabouço, disse o ministro

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a jornalistas na última quarta-feira (30) que as medidas de cortes de gastos terão o “impacto necessário para o arcabouço ser cumprido”.

“As despesas obrigatórias, [o governo] tem que encontrar uma forma de caberem dentro do arcabouço, é isso que vai dar sustentabilidade”, completou.

A declaraçao de Haddad acontece em um momento de inquietação do mercado diante da demora do governo para divulgar o tamanho do corte nas despesas. A ideia era que as medidas foram anunciadas logo após o segundo turno das eleições, mas o ministro já afirmou que “ainda não há data prevista para a divulgação do novo pacote”.

A notícia veiculada na manhã da terça-feira foi que Haddad aguardava o aval do presidente Lula para realizar um corte entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões nas despesas do governo federal.

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