O governo central reportou um superávit primário de R$ 40,8 bilhões no mês de outubro, conforme divulgado nesta terça-feira (3) pelo Tesouro Nacional. O montante foi o segundo maior para o mês em termos reais de toda a série histórica iniciada em 1997. O resultado só perde para outubro de 2016, quando foi registrado um superávit de R$ 60,509 bilhões, em valores atualizados pela inflação.
Em novembro, as contas ficaram positivas em R$ 18,1 bilhões. Os dados consideram o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central (BC) e excluem despesas com a dívida pública.
Assim, no acumulado de 12 meses até outubro, o governo central teve um déficit de R$ 225,3 bilhões, correspondendo a 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto).
A meta de resultado primário para este ano é zero. Contudo, de acordo com o Valor, há um intervalo de tolerância que permite o cumprimento com um déficit de até R$ 28,8 bilhões. Os ministérios do Planejamento e da Fazenda projetam atualmente um resultado negativo de R$ 27,747 bilhões.
O resultado de outubro de 2024 foi composto por um superávit de R$ 61,084 bilhões do Tesouro, um déficit de R$ 20,934 bilhões da Previdência Social e um déficit de R$ 95 milhões do BC.
Governo caminha para cumprimento da meta fiscal, diz Tesouro
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, reafirmou nesta terça-feira (3) que o governo está encaminhando para cumprir a meta fiscal deste ano — de déficit zero.
No entanto, as contas do governo ainda podem chegar a um déficit de até 0,25 ponto percentual do PIB (Produto Interno Bruto). A última previsão é de um déficit de R$ 27,7 bilhões.
Além disso, sobre os números de outubro, Ceron afirmou que o resultado “foi expressivo”. O governo central registrou superávit primário de R$ 40,8 bilhões em outubro, conforme divulgado nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional.