Conforme relatório do Tesouro Nacional divulgado nesta quinta-feira (29), o governo central registrou um superávit primário de R$17,782 bilhões em abril, frente a um saldo positivo de R$11,585 bilhões no mesmo mês de 2024.
As contas do governo central compreendem o Tesouro, o BC (Banco Central) e a Previdência Social. O resultado foi melhor do que o esperado pelo mercado, conforme pesquisa da Reuters, que apontava para um superávit de R$15,9 bilhões no mês.
(Em atualização)
Governo elevará bloqueio para R$ 33 bi para compensar recuo no IOF
Um decreto para definir o bloqueio de quase R$ 33 bilhões em despesas do Orçamento deve ser publicado pelo governo federal na próxima sexta-feira (31), de acordo com apuração do Valor Econômico.
O valor supera os R$ 31,3 bilhões antecipados anteriormente, como uma forma de compensar a perda de arrecadação com o recuo em parte do decreto que elevou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A aplicação do ajuste será linear entre os ministérios, de modo que afetará proporcionalmente todas as pastas, segundo a publicação.
O Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será uma dos mais impactados pela medida, mesmo sendo uma das principais frentes de investimento da atual gestão. Em seguida, as emendas parlamentares, recursos frequentemente destinados por congressistas a suas bases, também serão afetadas de forma expressiva.
Na semana passada, poucas horas após anunciar o aumento nas nas cobranças do IOF, o governo voltou atrás quanto ao aumento do imposto sobre aplicações de fundos de investimento no exterior e de remessas de pessoas físicas com fins de investimento.
Sendo assim, a equipe econômica incorporou o impacto da renúncia fiscal ao valor total do contingenciamento.
O detalhamento da distribuição dos cortes será oficializado no Diário Oficial da União.
A equipe econômica deve reavaliar a medida que aumentou o IOF, segundo o secretário-executivo da Fazendo, Dario Durigan. No entanto, ele não detalhou se está na mesa rever a medida como um todo, ou se o governo pode novamente recuar em parte do pacote.
“Pedi à equipe do ministério para que a gente faça uma avaliação cuidadosa e célere do que é melhor para o país neste momento”, disse Durigan a jornalistas após se reunir com representantes de bancos.