O governo federal deixou de arrecadar R$ 112,8 bilhões em impostos com desonerações e renúncias tributárias no período entre janeiro e novembro de 2024, conforme foi divulgado pela Receita Federal nesta terça-feira (7). O total de arrecadações em novembro foi de R$ 10,1 bilhões.
As principais fontes de renúncia fiscal para o governo em 2024, até o momento, foram as desonerações do PIS/Cofins sobre combustíveis, na cesta básica, transporte público coletivo e a desoneração da folha de pagamentos, segundo a Receita Federal.
Porém, a arrecadação do governo ainda está alcançando recordes e deve registrar a máxima histórica em 2024, de acordo com a “CNN Brasil”.
A arrecadação federal somou R$ 2,43 trilhões no acumulado de janeiro a novembro, o maior resultado da série histórica para o período.
Enquanto isso, para um ano completo – de janeiro a dezembro – a arrecadação máxima já registrada até então foi em 2022, quando o governo arrecadou R$ 2,46 trilhões.
Haddad: o governo está trabalhando para conter os preços dos alimentos
O governo federal está trabalhando para garantir a acomodação dos preços dos alimentos, foi o que afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Segundo ele, o resultado pode demorar, mas o Ministério da Agricultura e Pecuária está atuando nesse sentido.
A inflação alta dos alimentos está refletindo as questões sazonais, problemas climáticos e a “escorregada” do dólar, disse Haddad durante entrevista à “Globonews” nesta terça-feira (7). Porém, o IGP-DI de dezembro indica um possível movimento de redução dos preços dos alimentos.
Na percepção do ministro, a economia será um fator importante nas eleições de 2026, mas ele disse que também é preciso prestar atenção a outras variáveis, como o extremismo político.
“A economia sempre vai fazer a diferença em qualquer eleição, é muito importante que ela seja bem cuidada”, comentou Haddad. Ainda nessa linha, o chefe da equipe econômica defendeu que o Estado brasileiro “tem que encontrar o equilíbrio”.
Haddad citou na entrevista um estudo divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Fazenda em parceria com o FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), indicando que o resultado fiscal estrutural do setor público consolidado melhorou no ano passado, em relação a 2022, o último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.