Substituir Campos Neto

Governo discute indicar Galípolo para presidir BC em duas semanas

Interlocutores de cúpula do governo admitem que presidente Lula acredita que é mais fácil designar a presidência para um nome interno

Galípolo
Gabriel Galípolo / Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O governo discute indicar, em duas semanas, o nome de Gabriel Galípolo para a presidência do BC (Banco Central), em substituição a Roberto Campos Neto, cujo mandato vai até o final do ano. Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de política monetária do BC, conquistou ainda mais força para suceder Campos Neto.

Interlocutores de cúpula do governo admitem, anonimamente, que o nome de Galípolo deve ser oficializado, pois o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria chegado à conclusão de que é mais fácil designar a presidência do banco para um nome interno da diretoria.

Segundo assessores próximos, o presidente Lula ficou convencido de que seria uma operação mais complexa e turbulenta escolher alguém de fora do banco para assumir a presidência.

Diante disso, os governistas passaram a debater a oficialização da escolha de Galípolo o mais rápido possível para abrir uma nova vaga de diretor no órgão. Com a vaga de Galípolo aberta, o governo poderia, aí sim, começar a debater com “mais tranquilidade” uma indicação externa para ocupar esse cargo no colegiado do BC. A informação é do “Valor”.

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BNDES: dividendos podem render mais de R$ 24 bi ao governo 

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, declarou na terça-feira (13) que a transferência de recursos para o Tesouro Nacional lançará um valor superior ao lucro contábil registrado no exercício de 2023. Além disso, ele afirmou que será uma quantia recorde.

Em 2023, o BNDES teve um resultado líquido de R$ 21,9 bilhões. A instituição já havia aprovado o repasse ao Tesouro Nacional de R$ 15 bilhões em dividendos relacionados ao exercício do último ano.

Segundo as estimativas do banco, o valor será maior do que o aprovado, podendo chegar a R$ 24,5 bilhões. Esse montante inclui o pagamento de dividendos, o recolhimento de impostos e a antecipação de parcelas previstas em acordo firmado com o TCU (Tribunal de Contas da União), no qual se estabelece um cronograma para quitar dívidas relacionadas a aportes realizados entre 2008 e 2014.