Segundo o secretário de desestatização do Ministério da Economia, Diego Mac Gord, o governo federal espera arrecadar R$ 110 bilhões com venda de imóveis até dezembro de 2022.
Na conta, entram parte dos 55 mil imóveis federais alienáveis, patrimônio usado como garantia em pagamento de dívidas, em todo o país a serem comercializados por meio de ofertas diretas da iniciativa privada ou fundos imobiliários listados na B3, conta Mac Gord.
Inclusive, na listagem de vendas está o Palácio de Capanema, considerado um símbolo da da arquitetura modernista, a possibilidade de venda do imóvel gerou polêmica e foi alvo de críticas da população do Rio de Janeiro.
“O Capanema está há sete anos fechado e já consumiu mais de R$ 150 milhões em reformas. A Secretaria de Cultura já manifestou interesse em ocupar, mas temos órgãos da iniciativa privada fazendo gestão de imóveis como esses de forma muito melhor. O ativo pode continuar a ser do governo e o privado assume a gestão, mas ainda não sabemos se é isso que vai acontecer com o Capanema”, disse Mac Cord.
O secretário afirmou que essa decisão não precisa ser antecipada e que uma avaliação antiga do governo, que atribuía ao prédio um valor de R$ 30 milhões, está “equivocada”.
“Esse valor que se noticiou é totalmente equivocado. Tem avaliações feitas há muitos anos atrás. A avaliação do A Noite [prédio da antiga Rádio Nacional, também no centro do Rio], por exemplo, estava errada para cima. E deu deserto em três leilões. Então quem vai dar o preço correto é o mercado”, afirmou Mac Cord.
No dia 20 de agosto deste ano, o Ministério da Economia, afirmou que não há nenhum edital aberto para alienação do Palácio Capanema, mas que desde junho de 2020, por conta da Lei Federal 14.011/2020 , qualquer imóvel público federal pode receber propostas de qualquer outro cidadão.