Governo dos EUA propõe reformas para evitar quebra de bancos

Uma das regras propostas é a volta do requisito de liquidez suficiente para cobrir saques esperados em períodos de estresse

O governo dos EUA pediu para que reguladores desfaçam medidas adotadas pelo ex-presidente Donald Trump que suavizaram a supervisão bancária, a fim de reduzir o risco de novas quebras de bancos. Em comunicado, a Casa Branca afirmou que o atual presidente Joe Biden deseja trazer de volta o requisito de liquidez suficiente para cobrir os saques esperados durante os períodos de estresse para bancos com patrimônio entre US$ 100 bilhões e US$ 250 bilhões.

“Biden acredita que o enfraquecimento das salvaguardas e supervisão bancárias de bom senso durante a administração Trump para grandes bancos regionais deve ser revertido para fortalecer o sistema bancário e proteger empregos e pequenas empresas”, disse a Casa Branca.

O documento ainda afirmou que ” no final de 2022, o SVB (Silicon Valley Bank) estava bem abaixo do limite de liquidez que teria sido aplicado se o governo Trump não tivesse isentado o banco dessas regras”.

Além disso, também foi sugerida a volta dos testes anuais de estresse de capital, que durante o governo Trump passaram a ocorrer a cada dois anos.

Biden propõe que os supervisores reduzam o período de transição para os bancos em crescimento que esperam ultrapassar a marca dos US$ 100 bilhões. “O SVB foi um estresse de capital abrangente mesmo possuindo mais de US$ 100 bilhões em ativos”, pontua o comunicado.

PIB dos EUA sobe 2,6% no quarto trimestre de 2022

O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu ao ritmo anualizado de 2,6% no quarto trimestre de 2022, segundo dados finais publicados nesta quinta-feira (30) pelo Departamento de Comércio do país. O resultado ficou abaixo da projeção de analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de alta de 2,7%. Ao todo, o PIB real dos EUA avançou 2,1% em 2022.

Além do PIB dos EUA, o Departamento do Comércio informou que o PCE (Índice de Preços de Gastos com Consumo) subiu à taxa anualizada de 3,7% no quarto trimestre, enquanto o núcleo do PCE avançou 4,4%.