Aço

Governo Lula tentará negociar com Trump antes de retaliar taxação

Trump anunciou a taxação a repórteres no avião presidencial, e a Casa Branca deve dar detalhes nesta segunda-feira (10) sobre sua implementação

Foto: CNI
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O governo brasileiro ainda está tentando entender a dimensão da prometida medida do presidente dos EUA, Donald Trump, de taxar em 25% todas as importações de aço e alumínio. Contudo, antes de decidir retaliar, a postura do Palácio do Planalto será a de negociar com o governo norte-americano para conseguir um acordo mais vantajoso para o Brasil.

No último domingo, Trump anunciou a taxação a repórteres no avião presidencial, e a Casa Branca deve dar detalhes nesta segunda-feira (10) sobre sua implementação.

O primeiro ponto de preocupação do Brasil é se será preservado o sistema de cotas para importações desses produtos, que ficariam livres da taxação extra. Esse sistema foi estabelecido pelo próprio Trump em seu primeiro mandato (2017 a 2021), em acordo com o Brasil, após o republicano anunciar uma taxação semelhante para as importações.

Pelo acordo, ainda em vigor, o Brasil pode exportar até 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado para os EUA. Segundo o “Valor”, na época, o Brasil contou com o apoio da indústria norte-americana, que precisa do insumo brasileiro para sua produção.

Governo nega plano de taxar empresas em retaliação a tarifa dos EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddadnegou nesta segunda-feira (10) a possibilidade de o governo brasileiro taxar empresas de tecnologia norte-americanas em resposta a possibilidade do presidente dos EUA, Donald Trump, elevar as tarifas de aço e alumínio.  

Segundo a agência Reuters, a informação de que Haddad estaria planejado taxar empresas como retaliação a medida anunciada por Trump foi veiculada pelo jornal Folha de São Paulo. O republicano afirmou que introduzirá novas tarifas sobres importações de aço e alumínio para os EUA.

O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os EUA. A medida despertou preocupação no mercado e agitou a bolsa nessa segunda-feira. Haddad declarou que o governo só vai se manifestar com base em ‘decisões concretas’. “Vamos aguardar a orientação do presidente” acrescentou.