A necessidade de financiamento do governo geral, englobando os poderes federal, estadual e municípios, caiu a 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2024 (1TRI24). Isto porque a receita tem crescido em ritmo forte.
O resultado, divulgado pelo Tesouro Nacional no Boletim Trimestral de Estatísticas Fiscais do Governo Geral, nesta quarta-feira (17), representou queda de 0,7 ponto percentual no comparativo com o 1TRI23.
Além disso, o Boletim mostrou que a redução da necessidade de financiamento projetou-se do crescimento nominal de 10,8% da receita do governo geral, em relação ao mesmo período de 2023.
Porém o aumento nominal de 8,8% da despesa anulou parcialmente o resultado, de acordo com o “Valor’.
A necessidade de financiamento do governo central no 1TRI24 ficou em 4,9% do PIB, ao passo que os governos estaduais e municipais registraram capacidade de pagamentos de 1,3% do PIB e 1,7% do PIB, respectivamente.
Previdência e investimentos aumentam gastos do governo no 1TRI24
As despesas do governo federal, incluindo gastos previdenciários e investimento líquido, ultrapassaram os 42,6% do PIB no 1TRI23 e chegaram a 44,1% do PIB no 1TRI24.
O gasto com benefícios previdenciários e assistenciais teve avanço de 1,31 ponto percentual, enquanto a despesa com juros caiu 0,42 ponto porcentual, devido aos cortes na Selic (taxa básica de juros) .
As receitas tiveram alta nos primeiros 6 meses deste ano, chegando a 42,2% do PIB. Conforme o documento, o crescimento deve-se à alta de 2,67 ponto percentual do PIB da arrecadação de impostos.
“Isso se deve principalmente ao aumento de 1,74 p.p. do PIB em impostos sobre bens e serviços, acréscimo que foi disseminado nas três esferas de governo. No governo central, houve influência da reoneração do PIS/Cofins sobre combustíveis, além do crescimento dos volumes de vendas de bens e serviços”, consta no Boletim do governo.