Economia

Governo: reunião sobre pacote fiscal termina sem anúncios

No começo da semana, o ministro Fernando Haddad havia afirmado que o pacote fiscal seria anunciado ainda nesta semana, o que não ocorreu

Presidente Lula e Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Presidente Lula e Fernando Haddad, ministro da Fazenda / Foto: Ricardo Stuckert / PR

A equipe econômica e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram nesta sexta-feira (8) com outras autoridades do governo para discutir sobre um pacote fiscal. Porém, o encontro terminou sem anúncios ou entrevistas, informou o Palácio do Planalto.

A expectativa era alta em torno do anúncio desse pacote fiscal, por conta dessa ausência, a Bolsa brasileira fechou com forte queda, influenciada também por outros fatores. 

No começo da semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia afirmado que a maior parte dos membros do governo que participam das discussões haviam convergido sobre a necessidade do conjunto de medidas. 

No entanto, haviam mais detalhes para serem fechados, antes de o pacote ser apresentado aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

O mercado tem feito cálculos sobre o valor necessário desse pacote fiscal para que o governo consiga cumprir a meta fiscal deste e dos próximos anos. Para o Itaú (ITUB4), seria preciso um pacote fiscal na casa dos R$ 60 bilhões.

Haddad: pacote fiscal será fechado nesta quinta-feira (7)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o pacote de medidas fiscais devem ser decididas até o final da manhã desta quinta-feira (7), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O encontro entre o ministro e o presidente da República está agendado para as 09h30 (horário de Brasília), no Palácio do Planalto. Segundo Haddad, há apenas dois detalhes a serem ajustados.

Questionado se poderia apresentar o pacote após a reunião, o ministro afirmou que isso dependerá da decisão de Lula sobre como as medidas serão apresentadas para os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Tem dois detalhes de todas as medidas para a gente fechar com o presidente amanhã, e aí o procedimento em relação ao Congresso, que (Lula) tem sido muito cauteloso em relação a isso, está com uma boa relação tanto com o presidente Lira quanto com o presidente Pacheco. (Depende) Se ele vai querer que, de repente, eu e o Rui possamos antecipar para os presidentes pelo menos o formato das medidas”, explicou o ministro.

Perguntado ainda se as medidas estarão em linhas com o que o mercado espera, Haddad enfatizou que coincidem com as contas do Tesouro Nacional.

“Vai estar em linha com o que nós entendemos que é necessário para que a trajetória das finanças públicas continue sendo ajustada. Esse ano foi um bom ano para nós do ponto de vista fiscal”, disse o líder da Fazenda.

Ele reforçou que serão apresentados uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar.

Haddad disse ainda que as medidas do pacote de gastos serão apresentadas com transparência, inclusive aquelas que foram descartadas pela equipe econômica. As propostas apresentadas Lula, segundo ele, são consistentes com a tese de reforçar o arcabouço fiscal.

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