Economia

GP de São Paulo de F1: uma injeção na economia paulistana e brasileira

A capital coração da F1 desde 1973 deve ter um impacto de, pelo menos, R$1 bilhão em sua economia

O Grande Prêmio do Brasil da Fórmula 1, disputado entre os dias 3 e 5 de novembro deste ano, é mais do que apenas uma corrida emocionante. O evento esportivo de renome mundial não somente atrai fãs de corridas de todas as partes, mas também injeta uma quantia significativa de dinheiro na economia da capital paulista e, por extensão, de todo o País. 

O maior evento esportivo do Brasil é responsável por levar mais de 230 mil pessoas ao autódromo de Interlagos nos três dias de GP, anualmente. Como consequência, a mobilização sobre a economia da capital é proporcional à amplitude do evento: somente no ano passado, em 2022, a Fórmula 1 gerou um impacto de R$ 1 bilhão para as finanças da capital paulista. Além disso, foi responsável por gerar mais de 15 mil empregos temporários, segundo dados levantados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As expectativas estão ainda mais altas para esse ano, uma vez que os ingressos desta edição começaram a ser vendidos em 2022 e grande parte dos ingressos se esgotaram poucos dias após a liberação. Foi preciso abrir uma venda extraordinária de ingressos para os amantes do automobilismo esportivo. O destaque do campeonato deste ano é a aguardada disputa entre Max Verstappen (Redbull), Lando Norris (McLaren), Carlos Sanz (Ferrari) e outros importantes pilotos do circuito.

A Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) publicou nesta quarta-feira (1º) uma projeção de 2 milhões de visitantes durante este feriado, onde acontece o GP da F1. O Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à pasta, aponta que essa expectativa pode representar uma movimentação financeira de R$ 3,6 bilhões.  

“A F1 é um evento que impulsiona a cadeia do turismo, especialmente hotéis, restaurantes e atrativos turísticos da cidade de São Paulo e do interior do estado”, confirma a secretaria.

F1 fomenta o turismo

O presidente executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau, Toni Sando demonstrou, em entrevista ao BP Money,  altas expectativas para impulsionar o turismo de São Paulo. “Esta é uma oportunidade de posicionar o País como um todo e sua diversidade. Uma vez em São Paulo, os visitantes podem aproveitar para realizar trechos domésticos e explorar as possibilidades no turismo nacional”, afirmou.

Para ele, a ocasião é responsável por impulsionar o turismo da cidade coração da F1, conhecida por ser um caldeirão de culturas, negócios e entretenimento. Com seus arranha-céus imponentes, gastronomia diversificada e vida noturna pulsante, São Paulo é o epicentro do Brasil e se classifica como o maior mercado emissor de turistas do País, bem como o estado que mais recebe visitantes.

“São diversas faces que mostram a importância econômica do evento em São Paulo. Desde diretamente, a partir da movimentação econômica prevista, ampliada pelo feriado de Finados neste ano, que passa pela ocupação hoteleira beirando à totalidade, e presença de público de outras cidades, estados e países; até impactos da imagem da cidade como destino. Isso porque a prova terá uma exibição em escala mundial com grande audiência, mostrando São Paulo como um destino internacional, com pluralidade de temas e pronto para receber mais público, com negócios, lazer, entretenimento, natureza, aventura, fé e muito mais”, destaca o presidente executivo.

Impacto nas vendas do varejo

O varejo é um dos vários setores que também colhe os frutos do GP de São Paulo, visto que as vendas são impulsionadas durante o evento, principalmente os setores como moda, eletrônicos e souvenires relacionados à F1.

Durante o GP em Interlagos, a busca por produtos oficiais relacionados à Fórmula 1 é uma das principais paixões dos fãs brasileiros da categoria. Seja um boné, uma camisa, um casaco ou qualquer outro item com a marca F1, tudo isso movimenta os torcedores que desejam eternizar os momentos históricos da competição.

O valor de cada brinde pode ser medido pelo tamanho da paixão do fã, bem como a disposição financeira de cada um, pela razão de que os preços não são muito convidativos. Apesar disso, durante todos os anos os quiosques de vendas dos itens oficiais acumulam enormes filas de pessoas querendo adquirir as lembranças.  De acordo com os preços oficiais em 2022, o item de menor custo foi o álbum de figurinhas, custando a R$ 250; seguido pelos bonés, a partir de R$ 400; as camisas polo, a R$ 700 e, por fim, o corta-vento finaliza a lista de intens, liderando no quesito maior preço, por R$ 2 mil.

Piloto Drugovich faz história na B3

O piloto brasileiro de teste da Aston Martin, Felipe Drugovich, fez história nesta semana sendo o primeiro da categoria a participar da abertura do pregão na bolsa do Brasil. Dando a largada não só no clima da maior competição do mundo, como também à campainha que simboliza a abertura do pregão na bolsa de valores do Brasil.

O evento contou com a presença de Augusto Lima, CEO do Banco Master, Gilson Finkelsztain, presidente da B3, e Roberto Indech, diretor de relações institucionais da XP. Durante a manhã, Felipe Drugovich expressou sua gratidão pela oportunidade e pela confiança das empresas, destacando a importância de estar na Bolsa de Valores do Brasil, que testemunhou inúmeros grandes negócios no país.

O CEO do Banco Master, expressou a satisfação da instituição em apoiar o talentoso piloto brasileiro e celebrar o ato simbólico junto com seus parceiros XP Inc. e Aston Martin. Ele ressaltou o histórico de campeões da Fórmula 1 no Brasil, que cativou a paixão dos brasileiros pelo automobilismo, e manifestou confiança de que Felipe Drugovich trará muitas alegrias como parte da equipe.