As maiores economias do mundo precisam realizar esforços vistos como significativos na próxima cúpula do clima da ONU, a COP26, na Escócia, para mostrar que levam o aquecimento global a sério e para atender o alerta de jovens ativistas, declararam políticos neste sábado (2).
Alok Sharma, presidente da COP26, disse que os debates sobre o clima devem ser realizados com urgência, após as conversas preparatórias, em Milão, que contou com a presença de milhares de jovens ativistas que cobraram que os governos ajam de acordo com suas palavras e invistam bilhões de dólares para se livrarem dos combustíveis fósseis.
“Tivemos discussões muito construtivas e há um senso real de urgência”, declarou o britânico Sharma a jornalistas de acordo com a Reuters.
A conferência COP26 em Glasgow buscará ações climáticas mais incisivas de cerca de 200 países que concordaram com o Acordo de Paris de 2015 e aceitaram tentar limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius.
“A energia que apareceu (dos jovens) galvanizou os ministros”, declarou o Sharma. “Ao avançarmos nas próximas semanas e na COP, precisamos manter (suas) vozes… em nossas cabeças”.
O enviado do Clima dos Estados Unidos, John Kerry, também cobrou que as grandes potências adotem políticas mais radicais.
Faz 10 anos que as nações mais ricas se comprometeram a mobilizar R$ 100 bilhões por ano para auxiliar os países vulneráveis na transição para o uso da energia limpa, porém ainda não cumpriram o objetivo.