A greve dos servidores do Banco Central do Brasil está em vigor por tempo indeterminado, segundo informações do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL). Com isso, a divulgação de dados e taxas financeiras têm sido afetadas. Além disso, as atividades preparatórias do COMEF e COPOM também devem sentir o efeito da paralisação. Isso porque o movimento do sindicato avalia tais atividades como “não essenciais”.
Na segunda-feira (11), haverá uma reunião entre os representantes do sindicato e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Os servidores buscam a reestruturação de carreira (com reposição da inflação e outras mudanças não salariais sem impacto financeiro) para os analistas e técnicos do BC.
“Logo, haverá uma assembleia na terça, dia 12/4, a fim de reavaliar o movimento à luz do que DE CONCRETO o RCNeto for trazer à mesa”, disse, em comunicado à imprensa, Fábio Faiad, presidente nacional do SINAL.
No último comunicado, o SINAL afirmou que greve poderia interromper, parcial ou totalmente, a divulgação do Boletim Focus e de diversas taxas, as atividades prévias de preparação do COMEF e do COPOM, o atendimento ao público, reuniões e eventos com o sistema financeiro e outras atividades.
Em 2007, durante o governo Lula, quando ocorreu uma das maiores greves da categoria, o Boletim Focus foi afetado com atrasos. Por outro lado, a realização do Copom aconteceu normalmente.
Pix não será afetado pela greve dos servidores do BC
A greve dos servidores do BC não afetará a operação do Pix, diferente do que foi informado pelo sindicato há cerca de uma semana.
“A operação do Pix vai continuar e os servidores do BC apoiam tal continuidade, haja vista ser um produto criado pelos servidores do BC em benefício de toda a sociedade brasileira”, afirmou Faiad, que está à frente da greve dos servidores.