Na última semana, os bilionários ucranianos Rinat Akhmetov e Vadim Novinsky viajaram para a cidade de Mariupol para dar uma boa notícia aos funcionários de mineração e siderurgia do Grupo Metinvest.
Após anunciar que seus funcionários receberiam aumentos salariais, Akhmetov, a pessoa mais rica do país, cujos ativos incluem o conglomerado de mineração, mostrou apoio ao povo. “Acreditamos em Mariupol, acreditamos na Ucrânia”.
Mariupol é uma cidade portuária que abriga quase meio milhão de pessoas e que começou a ser bombardeada nesta quinta-feira (24), após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar um ataque à Ucrânia. O interesse de Putin pela cidade começou depois que as tropas russas invadiram as regiões separatistas do leste da Ucrânia, Donetsk e Luhansk.
Localizada no Mar de Azov, a cidade fica dentro das fronteiras reivindicadas pela autodeclarada República Popular de Donetsk, uma região separatista na fronteira leste entre Ucrânia e Rússia.
Grande parte da atenção tem sido direcionada aos oligarcas russos e suas potenciais perdas devido a sanções internacionais. Nesta sexta-feira (25) as ações russas derreteram, no entanto, meia dúzia de bilionários da Ucrânia podem perder muito mais recursos com esse conflito armado.
Segundo a Forbes Ucrânia, o valor de quaisquer ativos mantidos nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk provavelmente recuou aproximadamente 40% nos dias que antecederam o ataque, enquanto outras partes do país perderam pelo menos 20%.
Alguns bilionários que haviam fugido da Ucrânia retornaram nos últimos dias para mostrar seu apoio ao governo. “Eles perceberam que Putin representa uma ameaça clara para toda a Ucrânia e também para seus ativos”, diz Taras Berezovets, analista político ucraniano e apresentador de TV.
“[O presidente russo] não se importa com os oligarcas ucranianos ou se eles foram leais a ele. Todo mundo entende que qualquer ucraniano agora, incluindo magnatas, são inimigos do regime de Putin.”
Os oligarcas da Ucrânia deixaram de lado suas diferenças com o governo de Volodymyr Zelensky e qualquer sentimento pró-Rússia para se unirem às autoridades em Kiev.