Guedes afirma ter 'acordo informal' para evitar redução na taxa de importação do aço

Com chance de corte de 10%, a questão está no radar em meio ao quadro de escassez de insumos no setor.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (14) que há possibilidade de corte de 10% na taxação de importações de aço para o setor de construção civil e que as empresas tem conhecimento sobre a redução. Entretanto, pontuou que o setor fez um acordo informal com o governo de não reajustar preços até o fim do ano. Em resposta, as ações de siderúrgicas operam em forte queda na B3.

A questão está no radar em meio ao quadro de escassez de insumos que assola o segmento, prejudicado também pela pandemia da Covid-19. Em live do Valor transmitida hoje, o ministro disse que está em contato com produtores e consumidores da liga metálica.

“Por outro lado, eles aceitam uma queda de 10% na tarifa de importação. Nós já tínhamos avisado que faríamos isso. Nós estamos em disputa”, disse Guedes. Ele ainda indicou um cenário positivo para o abastecimento interno, já que há forte avanço na importação do aço, enquanto as exportações caíram. 

Apesar do semblante otimista, o mercado não recebeu bem a notícia. Por volta das 15h, CSN ON perdia 3,98%, Gerdau PNA recuava 1,87%, Usiminas PNA tinha desvalorização de 5% e Metalúrgica Gerdau caía 1%.

As declarações do ministro intrigaram alguns investidores, que procuram entender quais fatores concretos já podem ter sido negociados.

Apesar disso, Guedes explicou que as medidas teriam sido tomadas diante do baixo nível de juros no Brasil e do aquecimento da atividade na construção o que, de acordo com ele, fez o setor “bombar”.

“O setor de construção civil está em um boom”, destacou. “A indústria do setor saiu procurando insumo, e o forno estava desligado”.

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