O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, nesta segunda-feira (17), que, até o fim desta semana, o governo deve anunciar 14 medidas para estimular o crédito.
Entre as prováveis medidas, está uma revisão nos juros do cartão de crédito rotativo, que será discutida no fim desta tarde em uma reunião com representantes de instituições financeiras.
“Hoje já vamos discutir alternativas [com os bancos]”, disse Haddad ao sair para reunião no Ministério de Minas e Energia. “O atual desenho do rotativo está prejudicando a população de baixa renda. Boa parte do pessoal que está no Serasa é por conta do cartão de crédito. Não só isso, mas também”, acrescentou.
Segundo Haddad, o governo pretende encontrar uma solução negociada com os bancos, como ocorreu com os juros do crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No mês passado, as taxas foram limitadas a 1,7% ao mês, mas o teto subiu para 1,97% ao mês após bancos suspenderem a oferta dessa modalidade de crédito.
Linha de crédito pré-aprovada no cartão, o rotativo incide quando o cliente parcela a fatura ou faz saques na função crédito. Em fevereiro, segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), a taxa dos rotativos subiu 6 pontos percentuais, para 417,4% ao ano.
Em 2017, o Banco Central limitou a 30 dias a cobrança do rotativo do cartão de crédito. Em caso de inadimplência do cliente após esse prazo, o banco deve parcelar o saldo devedor ou renegociar o débito com taxas mais vantajosas para o devedor.
Haddad prevê protocolamento do arcabouço no Congresso na terça
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), revelou nesta segunda-feira (17) que o protocolamento do arcabouço fiscal no Congresso brasileiro poderá acontecer na próxima terça-feira (18), mas também admitiu que “pode ficar para depois”.
De acordo com Haddad, o envio formal da proposta aos parlamentares depende da Casa Civil, presidida pelo ministro Rui Costa (PT), e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Na manhã desta segunda-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), havia dito que o texto do marco fiscal já foi enviado à Casa Civil.