Banco Central

Haddad: BC não fixa meta de câmbio, mas ‘evita disfuncionalidades’

“O problema do Banco Central é a meta de inflação, não tem outra coisa com que ele precise se preocupar, disse Haddad

Fernando Haddad
Fernando Haddad / Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (20) que o BC (Banco Central) não fixa uma meta de câmbio, mas trabalha para corrigir disfuncionalidades. Além disso, ele disse que a preocupação da autoridade monetária deve ser com a meta de inflação.

Para isso, o BC manterá a taxa de juros restritiva para buscar essa meta. O ministro também afirmou que não cometeria o equívoco de dizer qual seria a meta de câmbio que o BC deveria mirar.

“O problema do Banco Central é a meta de inflação, não tem outra coisa com que ele precise se preocupar. Ele tem hoje a meta contínua e deve estabelecer um calendário para atingir essa meta em um espaço de tempo que seja adequado para a política monetária funcionar. Ele vai manter a taxa de juros restritiva até essa acomodação”, disse Haddad, de acordo com o “InfoMoney”.

Ele também fez referências a declarações dadas pelos diretores da autarquia na véspera, durante a apresentação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação). Os membros do BC reconheceram “disfuncionalidades” no câmbio, inclusive com um deles defendendo o uso de reservas para corrigir esse cenário.

Haddad: votação de pacote fiscal dos militares fica para 2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o PL (Projeto de lei) que altera regras para a aposentadoria de militares será votado somente em 2025. O governo federal enviou a proposta ao Congresso Nacional na última terça-feira (17). 

Na tarde de quarta-feira (18), Haddad se reuniu com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, para debater a tramitação do pacote fiscal na Casa. 

O ministro indicou que o Congresso Nacional se comprometeu a votar o PL, o PLP (Projeto de Lei Complementar) e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ainda neste ano, antes do recesso parlamentar.

“Só depende de chegar da Câmara para começar os trabalhos internos. Estão negociando com os líderes. Acreditam que a redação que se dará na Câmara terá apoio dos senadores. Estamos na expectativa de votar tudo”, disse Haddad a jornalistas depois do encontro com Pacheco, segundo a “CNN”.