O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (25) que o Brasil está resguardado diante do cenário externo ao mesmo tempo em que o País se torna cada vez mais atrativo para investidores.
Haddad destacou, durante um evento organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que o Brasil tem vantagens competitivas do ponto de vista ambiental que, segundo ele, podem servir de base para uma neoindustrialização.
Nesse sentido, o ministro afirmou que 25 investidores norte-americanos vão se reunir nesta segunda-feira (25) com a equipe da Fazenda em São Paulo.
Desse modo, Haddad comentou sobre a questão fiscal, recordando que há uma agenda a ser cumprida no Congresso. De acordo com o ministro, a corrosão da questão fiscal do Estado brasileiro está concentrada na arrecadação. Ainda ressaltou a necessidade de revisar alguns gastos, o que o Ministério do Planejamento já estaria fazendo.
Por fim, Haddad destacou o fato de que há mais de 6% do PIB em desonerações com resultados sociais nulos ou muito pequenos, o que chamou de “realidade absurda”.
Haddad: transformação ecológica pode ser motor para a economia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), informou que o governo vê o Plano de Transformação Ecológica como uma prioridade porque esta transição pode ser um motor para a economia.
Haddad está cumprindo agenda no Research Centre for Greenhouse Innovation (RCGI), centro de inovação na Universidade de São Paulo (USP), ligado a empresas do setor energético e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Nesse sentido, foco em conversas com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o enviado especial para o Clima dos EUA, John Kerry, foi a sustentabilidade, durante encontros nesta semana em Nova York, disse Haddad.
O ministro ainda destacou, durante a apresentação sobre os projetos do RGCI, que a COP25, que será em Belém, será uma oportunidade para o Brasil mostrar o potencial do etanol. Do mesmo modo, a reunião do G20 em 2024, que será presidida pelo País, terá espaço para esta exposição.
Além de pesquisadores do centro de inovação, acompanham a visita executivos de empresas como Shell, Cosan, Raízen e Toyota.