Política econômica

Haddad cobra agilidade do Congresso na reforma do IR

O ministro Fernando Haddad insistiu que a proposta de isenção do IR se trata de uma medida justa e fiscalmente responsável

O ministro Fernando Haddad e o presidente da Câmara, Hugo Motta / Foto:
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro Fernando Haddad e o presidente da Câmara, Hugo Motta / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (7) ter expectativa de que o Congresso vote a reforma do IR (Imposto de Renda) com a mesma diligência que teve para a aprovação da reforma tributária do consumo. 

O ministro reforçou que a proposta não compromete o equilíbrio fiscal e rebateu críticas de que o projeto seria populista. Haddad discursou durante o anúncio da expansão da farmacêutica Novo Nordisk, em Montes Claros (MG).

“A gente espera que o Congresso vote com a mesma diligência com que votou a reforma do consumo. Todos os trabalhadores brasileiros com carteira assinada que ganham até R$ 5 mil ficarão 100% isentos do pagamento do IR. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil não será isento, mas pagará menos do que paga hoje”, afirmou Fernando Haddad, segundo o “InfoMoney”.

“Esse projeto tem um componente adicional importante: vai cobrar imposto de quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano e atualmente não paga nada. Por isso, não compromete o equilíbrio das contas públicas”, destacou.

Ao comentar sobre críticas de que a proposta tem caráter populista, Haddad insistiu que se trata de uma medida justa e fiscalmente responsável. 

Em outro momento, o ministro também falou sobre a reforma do consumo, que segundo ele, vai beneficiar tanto o setor produtivo quanto os consumidores. 

“O Brasil vai deixar de cobrar imposto sobre investimentos e exportações. E o consumidor será beneficiado com a desoneração de itens essenciais, como a cesta básica e a carne. Isso ajuda a melhorar o poder de compra do trabalhador”, comentou.

Haddad: acordo com UE oferece pouca vantagem ao Mercosul

Na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o acordo selado entre Mercosul UE (União Europeia) oferece pouca vantagem ao bloco sul-americano e seu valor é mais político.

Haddad comentou, durante um evento do Instituto de Estudos Políticos de Paris, nesta segunda-feira (31), que o acordo entre os dois blocos pode ser uma alternativa a um mundo polarizado. 

O negócio ainda depende de ratificação dos países membros. O ministro da Fazenda também argumentou que os europeus deveriam considerar o acordo politicamente, não apenas economicamente.