Derrota do IOF

Haddad cogita taxar dividendos ou cortar programas sociais

Congresso derruba decreto do IOF e impõe revés ao governo, que contava com R$ 10 bilhões em arrecadação ainda este ano

(Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
(Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (26), que o governo estuda tributar dividendos ou cortar gastos sociais caso não consiga reverter a decisão do Congresso que derrubou os decretos que elevam o IOF.

“Tem três possibilidades. Uma é buscar novas fontes de receita, o que pode ter a ver com dividendos, com a questão do petróleo, tem várias coisas que podem ser exploradas”, afirmou o ministro.

Ele destacou que a definição caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Outra possibilidade levantada por Haddad é ampliar o bloqueio de verbas públicas.
“Além dos R$ 30 bilhões já contingenciados, pode haver mais R$ 12 bilhões. Vai pesar para todo mundo. Vai faltar recurso para saúde, educação, Minha Casa, Minha Vida”, afirmou o ministro.

Derrota no Congresso pressiona Haddad a buscar novas alternativas

A fala do ministro ocorreu um dia após o Congresso derrubar, por ampla maioria, o decreto que elevava o IOF. A decisão foi oficializada na noite de quarta-feira (25), com votos favoráveis tanto da base aliada quanto da oposição.

Com a revogação, voltam a valer as alíquotas anteriores para operações como uso de cartão de crédito internacional e envio de recursos ao exterior.

O governo previa arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com a medida ainda em 2025.