Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, disse nesta segunda-feira (26) que o conjunto de reformas que vêm sendo aprovadas pelo Congresso Nacional podem levar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a “correr risco” de ter melhor desempenho na área econômica do que teve nos dois primeiros mandatos.
Além disso, o impulso dos investimentos relacionados ao setor de transição energética também tem servido de ajuda na área.
Para Haddad, a economia pode surpreender em 2024, da mesma forma que o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 surpreendeu analistas, pela expansão de 2,9%. A projeção de alguns bancos já aponta um crescimento de 3,1%, segundo o ministro.
Haddad esteve junto com Lula e outros ministros que integram o governo federal na cerimônia de assinatura de atos após a reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Ao fim destes mandatos, afirmou Haddad, o presidente da República deve entregar o governo com desempenho melhor em crescimento econômico, inflação média baixa mais do que nos primeiro dois mandatos e com a menor taxa de desemprego da série histórica.
“Esse é o risco que está correndo”, ressaltou o mandatário da Fazenda, ao passo que também reconheceu a ajuda do Congresso no avanço da agenda econômica com aprovação das reformas que melhoram o ambiente de negócio para os investidores, de acordo com o “InfoMoney”.
Somente o impacto da reforma tributária sobre o PIB já deve variar entre 10% e 20%, segundo ele.
As mudanças em curso, disse, vão possibilitar a “digitalização plena” da economia brasileira, algo parecido com o que se observa no sistema bancário.
Haddad: ‘não há razão para o Brasil não crescer igual à média’
Durante o Macro Day 2024, evento promovido pelo BTG Pactual, nesta terça-feira (20), Fernando Haddad disse que “não há razão para o Brasil não crescer igual ou acima da média mundial, com todo potencial que a economia brasileira tem”.
O ministro da Fazenda disse ainda que o crescimento precisa ter qualidade e defendeu a necessidade de olhar para a formação bruta de capital, para os investimentos e o mercado de trabalho.
Além disso, Haddad pontuou que o BC precisa “olhar para as curvas de demanda e de oferta” ao definir o andamento da taxa básica de juros e que cabe aos outros poderes o controle das contas públicas para garantir o crescimento econômico.